A exemplo de filmakers como Chris Marker, Jonas Mekas e David Perlov, a banalidade irá refletir um estado. Um estado do mundo? Um estado deles próprios? O afeto nesses filmes não é uma questão de conceito ou de linguagem, mas sim um modo de vida. Esses filmes recusam a categoria do documentário, não querem apenas mostar a realidade, mas sim, fazer parte delas. A realidade não é pano de fundo para um assunto, mas sim para uma vida, impressões, alegrias e tristezas. Não é a linguagem (seja ela documental, confessional, etc) que gera o afeto, e sim, o afeto, que em seu estado mais íntimo e bruto, que gera a linguagem.
Se a nossa alienação contemporânea quase que constante não nos permite "fazer poesia" simplesmente ao olhar banalidades que se façam presentes à nossa frente, esses filmes mostram a direção e nos ajudam simplesmente a olhar.
Arthur tuoto - Estéticas do Afeto: da confissão ao cine-diário
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